terça-feira, 30 de junho de 2009

meus mininos.

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Porque amanhã não tenho teste. Porque hoje não tenho de estudar. Porque está muito barulho lá fora. Porque hoje estou particularmente irritável. Porque estou melhor sozinha no quarto. Porque pedi para "roubar" este quizz. Porque até a roubar sou uma delícia :D
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Se eu fosse um mês seria... Setembro (Nem muito quente nem muito frio. A receita ideal para andar abraçadinha sem ficar com a sensação que parte de mim derreteu e se colou ao Bigo).
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Se eu fosse um dia da semana seria... Sábado (Porque trabalho de manhã e só é fim de semana depois das 13h! E acreditem que só desejo bom fim de semana a partir dessa hora. Se antes não é para mim também não há-de ser para os outros).
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Se eu fosse um número seria... 9 ou 18 ou 27... (Não me perguntem porquê mas tenho uma ligeira panca pela prova dos 9 e gosto quando dá zero. Parece que tudo fica mais arrumadinho).
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Se eu fosse um planeta seria... Plutão (Óbvio! Até há pouco era o 9º planeta. Lá está a regra de cima. E agora é um corpo especial, numa categoria especial, cheio de protagonismo e que deu muito que falar. Tudo a ver comigo).
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Se eu fosse uma direcção seria... Norte (onde está a verdadeira raça) ou talvez noroeste (em direcção à costa).
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Se eu fosse um móvel seria... Uma chaise-longue (Ui ui que sou tão chique!).
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Se eu fosse um líquido seria... Sumo de laranja mas com laranjinhas docinhas e com três pedras de gelo. Ou então aquele sumo de goiaba de Porto Seguro. Saudades... E pronto, é mais de um líquido mas who's counting?
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Se eu fosse um pecado seria... Preguiça porque apesar de muuuuuuuuuitooooooooo gulosa, por vezes a preguiça impede-me de comer.
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Se eu fosse uma pedra seria... Diamante (Ou vários... E adios Angola).
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Se eu fosse um metal seria... Titânio (Passo a explicar: é um metal de transição, tal como eu. Só não sei é para onde. É leve e diz, quem já pegou em mim ao colo e a balança, que eu também sou. É forte e eu até gosto de bróculos. Faz o mesmo que os espinafres, certo? É branco e eu também, apesar do escaldão. É biocompatível e eu sou toda compatível com a vida. Ahahahahahahah. E o que eu mais gosto é que o pó do titânio é pirofórico, ou seja, nada mais nada menos que um metal que entra em combustão com o ar. E eu sou toda hot! Ou não. Ah, não esquecer que o símbolo químico é Ti e eu gosto de ti, Bigo!).
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Se eu fosse uma árvore seria... Cerejeira (Porque adoro cerejas e assim já posso escolher outro fruto no tópico seguinte).
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Se eu fosse uma fruta seria... Melancia (Porque é tão BOA!!).
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Se eu fosse uma flor seria... Uma qualquer desde que com as raízes na terra e não num ramo ou numa jarra.
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Se eu fosse um clima seria... Temperado mediterrânico de feição marítima (Soou-me bem a escolha da Joana).
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Se eu fosse um instrumento musical seria... Violino mas bem bem era ser uma orquestra inteira.
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Se eu fosse um elemento seria... Terra (Por exclusão de partes. Tenho medo de água, tenho medo do fogo, tenho medo de alturas).
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Se eu fosse uma cor seria… Azul ou amarelo ou branco ou... Perguntas difíceis!
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Se eu fosse um animal seria... Um cão ou um gato (Porque são adoráveis!) ou uma preguiça (Porque dá pouco trabalho!).
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Se eu fosse um som seria... O de um Amo-te sentido.
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Se eu fosse uma letra de música seria... Neste momento talvez You picked me de A Fine Frenzy.
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Se eu fosse uma canção seria… Hmmm... Não sei. Black dos Pearl Jam mas há tantas tantas. Ou a canção de embalar que canto vezes sem conta para a minha sobrinha adormecer.
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Se eu fosse um estilo de música seria... Just music. Porque os meus gostos são gordos demais para caberem num só.
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Se eu fosse um perfume seria... Pacific Paradise da Escada. Ou o cheirinho da pele da Diana quando sai do banho.
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Se eu fosse um sentimento seria... Felicidade porque estão implícito todos os outros bons sentimentos.
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Se eu fosse um livro seria… A Profecia Celestina de James Redfield, somente porque é o que ando a ler.
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Se eu fosse uma comida seria… Bacalhau com natas ou o arroz de forno da minha mãe.
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Se eu fosse um lugar seria... O jardim gigante e privado da minha casa de sonho.
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Se eu fosse um gosto seria... Agridoce (Porque ando numa de sushi e esse sabor é característico da comida oriental).
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Se eu fosse um cheiro seria… Hmmm... Não posso dizer.
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Se eu fosse uma palavra seria… Nós (Duas, três, quatro.. quantas pessoas quisermos).
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Se eu fosse um verbo seria… Viver (bem).
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Se eu fosse um objecto seria… O meu telemóvel (Porque a distância obriga-me a isso).
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Se eu fosse uma roupa seria… Um dos meus baggy-jeans. Just love it e agora até viraram moda. Enfim...
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Se eu fosse uma parte do corpo seria… Mãos (Gosto de (a)palpar).
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Se eu fosse uma expressão seria… Fazer beicinho e olhinhos à gato das botas.
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Se eu fosse um desenho animado seria… O Monstro das Bolachas ou o Ferrão (Sempre tive curiosidade em saber a que sabem os agripinos).
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Se eu fosse um filme seria… A Cidade dos Anjos (1º filme que vi no cinema).
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Se eu fosse uma forma seria… Uma figura realmente estranha!! Ou uma forma de me teletransportar como no Dragon Ball Z (que eu cá não gostei do GT).
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Se eu fosse uma estação seria… A antevisão da primaver-verão para saber as novidades antes de todos os outros (LOL).
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Se eu fosse uma frase seria… Larger than lifesize we become...
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"Ó Joana
Pensar que estivemos tão perto
Dos sonhos agora desperto
Só não quero ouvir o sim que dirás."
Agora já podes vir espreitar! :D
E ainda tens direito a uma musiquinha do Marco Paulo!!
weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
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semni.

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"I tell you... The more I think the more I feel that there is nothing more truly artistic than to love people."
Van Gogh

But not today...

ó Paulinho.*

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Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Ok? Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Ok? Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Ok? Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Ok? Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Ok? Paulinho Ok? Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Ok? Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Ok? Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Ok? Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Ok? Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho Paulinho
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*Sabes quantas vezes tive de fazer copy/paste?
E justificar o texto?
E escolher criteriosamente os paulinhos a colorir?
E tudoitudoitudo?
E depois não digas que eu sou má, ok?
É só de mim ou o teu nome deixa de fazer sentido quando se repete assim umas quantas vezes?
Paulinho...
Pau linho.
Pau de linho.
O linho é mole.
O pau não (pelo menos não deveria).
Mas esta combinação... Ok?
Not ok.
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segunda-feira, 29 de junho de 2009

bahhhhhh.

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- Ó tia, posso vestir o vestido? Esta roupa é muito quente.
- O meu?
- Sim, disseste que me deixavas. Mas eu gosto mesmo é dessa camisola que trazes.
- Queres que também dispa os calções?
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Com 7 anos, o que é que se responde a uma criatura destas?
Não devias estar a brincar com barbies?
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domingo, 28 de junho de 2009

nota mental.

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Nunca mais esquecer de colocar protector solar nos dedos dos pés. E na planta dos pés (é por isso que dizem que um dia ainda ganhamos raízes?). E na ponta do nariz. E nas axilas. Para depois não ficar com aquela sensação de incêndio florestal e passar noites sem dormir com o barulho da ventoinha na potência máxima apontada para os pés.
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Ninguém me avisou que fazer topless tinha tantos efeitos secundários.
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sábado, 27 de junho de 2009

maria.

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Hold your breath and count to ten,
start again,
start again...
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Hold your breath and count to ten,
and fall apart
and start again.
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1... 2... 3... 4... 5... 6... 7... 8... 9... and 10...
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Start again.
And she felt like mary in f*cking la la land.
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"Amo tu a rodopiar..."
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E ela corou.
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sexta-feira, 26 de junho de 2009

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And she said
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Yeah I'm never ever ever ever ever ever
Ever ever ever ever ever ever ever
Yeah I'm never ever ever ever ever ever
Ever ever ever ever ever ever ever
Yeah I'm never ever ever ever ever ever
Ever ever ever ever ever ever ever
Gonna unglue my lips from being together
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She said
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I'm never ever ever ever ever ever
Ever ever ever ever ever ever ever
Yeah I'm never ever ever ever ever ever
Ever ever ever ever ever ever ever
Ever ever ever ever ever ever ever ever ever
Gonna unglue my lips from being together
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Our lips together...
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quinta-feira, 25 de junho de 2009

almost.

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almost lover. almost me. almost sad. almost sorry.

almost beautiful. almost everything. almost tears. almost peace. almost blue.

almost stupid. almost lucky. almost light. almost juicy.

almost hot. almost sweet. almost saint. almost sinner. almost words.

almost heart. almost pure. almost awesome. almost mesmerizing.

almost friend. almost adorable. almost responsable. almost a woman. almost bare feet.

almost naked. almost scared. almost brave. almost caring.

almost admirable. almost strong. almost laughs. almost an empty canvas.

almost weird. almost normal. almost white. almost clear.

almost blind. almost crazy. almost lazy. almost perfect. almost pride.

almost on. almost simple. almost true. almost near. almost nothing.

almost you. almost us...
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Descrever-me em quases... Mas a intensidade do momento não me permite ser quase alguma coisa. Virei tudo e nada. Agora sou verdade e mentira. Realidade e ficção. Certeza e contradição. Tornei-me um paradoxo e tento não me esquecer de me renovar a cada dia. Nunca fui de ficar em cima do muro. E agora estou com os pés no chão e a cabeça nas nuvens!

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how long?

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Só mais uma menina entre outras
E o quadro negro onde escrever o teu nome a giz
Como um erro ortográfico do coração.

Castigo.
Entre nós o alto muro do recreio
E a obrigação de permanecer só.
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"Ode ao Castigo" by Ana Salomé
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I don't want to be treated like a child.
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chove...


...dentro de mim.
Toda eu me torno chuva.


quarta-feira, 24 de junho de 2009

my first time.

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Quem diria... Eu até sou assim um bocadinho pro púdica. Vá, um bocadão!
Então não é que eu nunca fiz o belo do topless? Nunca, nunquinha! Toda a gente faz, já fez, está a fazer, vai fazendo e eu nadinhaaaa! Até ontem! E graças a quem? Aos belos dos rapazes morenaços e musculados de pés descalços e óculos de marca? Nop. Para ser alvo de inveja das betinhas de biquíni lightning bolt? Nem por jeitos. Para ver quantas garrafas de 1.5L conseguia encher com a baba dos senhores assim a dar pro velhote que fazem mais praia num ano do que eu em toda a minha vida? Frio! Muito frio. Hmmm... Espera... Só se for para ser alvo de escárnio e mal-dizer por parte das belas das varinas de meia idade que esticam o corpinho ao sol para que o novo laranja do cabelo combine melhor com o tom de pele. Até fiquei com friooooo! Naaaaaaa. Dêem graças ao Senhor que um dia disse "Deixai vir a mim as criancinhas", esses seres terríveis de quatro patas e goelas imortais.... O McLeod dos berreiros.
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Praia quase deserta, toalha esticada a muito custo perto das rochas para ter mais privacidade (Burra! Então não sabes que toda a gente escolhe estes sítios pelo mesmo motivo? Que os casalinhos vão passar por aí para ver se já está ocupado? E que as criancinhas adoram trepar as rochas e grunhir incessantemente como se não houvesse amanhã, como que para levar todos à loucura e ao ponto de realmente desejarem o fim do mundo? Burra!!)... Killah a proteger do sol... E pronto, tudo ready para encarnar o frango de churrasco que há em mim e começar a virar no espeto. Barriguinha... Já está. Toca a virar. Costas! Hmmm... Muitas fitas. Toca a desapertar tudo. Estou de costas e estou, por isso não é grave! Solzinho bom, silêncio, preguiça, FP 50, 0% de risco de escaldão... Tudo óptimo para dormir... "Papai, tá aqui uma minina nua!" Hein? Ó tu aí, tá o quê? Brasileira e moralista? Não acredito! Abro os olhos imperceptivelmente e deparo-me com quem? Corrijo, com quê? Um bitxo minúsculo, em pêlo (sem pêlos que ainda não tinha idade para isso) a apontar para mim (olha que apontar é feio e só por causa de merdas esse dedo havia de apodrecer e cair... e depois o outro e o outro e uma orelha e a língua...) e com ar indignado porque aqui a je estava "nua" aos olhos daquela eva pré-maçã menor de idade.
Nua?? Presa por ter cão, presa por não ter! Ora nem mais. Se assim vestida diz que estou nua, se tirar o top não vai fazer diferença. Ver para crer! Como eu gosto deste Tomé!
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E foi assim que desci mais uns pontos aos olhos de alguns e subi vários aos olhos das minhas lentes de contacto.
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terça-feira, 23 de junho de 2009

sem bolinha no canto coiso.















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Post deveras atrasado! Sim Caty, eu sei que já ando para escrever sobre o grupo de formação há muito muito tempo e sim Rui, é verdade que te enchi de esperanças vãs. Tu que tanto querias ser imortalizado nesta coisa tão bahhhh que é a internet... Aqui está. Não prometo nada nem coisa alguma. Nada de grandes expectativas nem pequenas sequer! Assim entre o tamanho de je e o de uma formiga mas mais a roçar a pata dianteira da dita cuja que diz a Wikipédia que é mais baixa que a outra.
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22/06/09 (segunda feira)
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Dia de teste. Um de muitos. Primeiro com a segunda formadora. Estilo fozeira e mais formal mas a revelar-se uma fixe como nós (ai je je que se a modéstia fosse adubo ou hormona de crescimento estavas grande grande grande). Nada de estudo pré-teste. Nada de vontade nem de tempo. Havia até quem não soubesse que era dia de avaliação e não, não vou mencionar nomes Rui* que eu não sou dessas que aponta o dedo e que fala mal das pessoas pelas costas (ou verso das folhas). Mais uma vez nada de pontualidade. Para quê? Conta para a nota final? Transmite uma boa imagem? Dá-nos créditos? Sim, sim e sim. Mas não, no final de contas ninguém se lembra se chegámos às 18h30 ou às 19h00. Não, a nossa imagem é a de miúdos do liceu sempre na cusquice que destabilizam quem quer que se sente ao nosso lado ou num raio de 1km. E não, temos créditos ilimitados, tipo cartão frota da galp. Concluindo, somos assim a dar para o espectáculo. É difícil ser-se assim... Às vezes até cansa...
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(Ok ok... Já pareço o Paulo aka Pikachu. Esqueci-me de facilitar a mensagem e por isso nada de comunicar os objectivos. Desta feita, decidam vocês o que é essencial e o que é acessório. Uma pista: a flor que a Caty trazia no cabelo é um acessório e aquele gesto que certa menina fez para me mandar calar - qual sinaleiro no meio de um acidente - também é mas esse merecia um estaladão naquelas trombas ou então que lhe passasse por cima com o camião do meu pai ou com o cilindro das obras aqui ao lado.)
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"Quem daqui nasceu em Janeiro? Fevereiro? Março? Abril? Ahhh. Está formado um grupo. Maio? Junho? Julho? Agosto? Outro. E vocês os dois ficam juntos.". Estes dois, convém referir, sou eu e o Rui. Nem tivemos direito a mês nem o camandro. Aiiii estes favoritismos. Então não se sabe que o formador deve fomentar um espírito de confiança e não de competitividade? E abandona-nos ali para o canto, sozinhos, a olhar para a parede e com as orelhas de burro. Ainda por cima só havia umas e eu, simpática como sempre, lá as cedi ao Rui que fez imensa questão de as usar. "Aí o virgem (Paulo) pode juntar-se ao outro grupo (eu e Rui), se quiser." Se quiser?? Mas há dúvidas? Salta daí, Paulo, que no meio de dois escorpiões estás seguro. Se alguma coisa te acontecer ao menos sabes quem foi.
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Actividades pedagógicas... Ups! Andragógicas, queria eu dizer! Que nós somos adultos e não estamos para ser tratados como crianças/adolescentes (no teste não me saiu este palavreado todo). Rui à esquerda, eu e Paulo à direita. Mais uma vez confirma-se, no meio reside a virtude. É verdade, eu moro lá. Senão vejam o meu b.i. - futuro cartão único (na na ni na na, não coloco a sigla que isso não mostro a ninguém!).
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De volta ao fio condutor (Alex, desliga aí a electricidade, faxafabor). Duas ou três actividades (facilitadoras da aprendizagem)... E como se apreeeeeeeeeeendeeeeeeeee!!! Chegar a consenso só arrastados, graças ao senhor das avestruzes (quem é que compra avestruzes bebés para comer? e quem as deixa morrer?). Vira o disco e toca o mesmo: "Não concordo! Ahhhh, pronto. Agora não discordo! Não concordo nesta também!". Toma que nós é que tínhamos razão... em TODAS!!!! Mas o melhor (ou pior, depende do prisma) estava para vir. Eu ali sossegadinha no meio das duas aves raras, uma que pica e a outra que é virgem nestas andanças (de orelhas afiadas, pêlo amarelo, cauda assim pro thunder-shape, bochechas vermelhas que acumulam electricidade e que vive dentro de uma bola - ou duas? - e que volta e meia se lembra de pokevoluir para um ser piqueno de nome Raichu que nasce do Pichu - Machu??) quando o gajo do "Vou mas é apanhar cerejas" vocifera tamanha atrocidade "Dá pros dois lados! Tenho dúvidas!". Tens dúvidas? Já dizia o nosso amigo Maslow que se te sentes assim tão à vontade para contares essas coisas no seio (os médicos são mais directos e chamam as coisas pelo nome) então é porque não sofres do coração e subiste as escadinhas todas até ao social (aquele café ali em Matosinhos). E hmmm... Bi, portanto. Bivalente, bissexual, binómio, bilateral, bigode, bidé, birmânia, biblioteca, bíblia, biliar, bilha, bicórnio, bisonte, bilhar... Mais bisão, bidente, bida, binho e 2846437 mais nas ruas portuenses e de resende também. Suspeito! Muito suspeito! Mas toma lá o benefício da dúvida nas trombas que eu só pico, não mordo!
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"Ó Paulinho, tu estavas bem era aqui no meio de nós para ser picado!" Hein??? Ó Rui, explica lá isso! Tudo bem que há uns tempos fiquei com a impressão de ter tido uma otite e dizem que essas coisas, ao longo dos tempos, afectam a audição, mas eu não sou de andar com a música aos berros, nem de ir a discotecas nem nada que se pareça. Portanto ainda ouço bem mas quero acreditar que houve ali qualquer coisa que atrapalhou a recepção da mensagem. Mas se também não for o caso, respeito os gostos de cada um. Tolerante é coisa que eu sou. Se tolero três meses de curso sentada ao teu lado e ao lado da Caty tolero tudo. Venham daí com um bitxo de três cabeças, cinco braços (dois deles nas costas), uma perna (para andar ao pé coxinho que tonifica mais os músculos), um olho em cada dedo (do pé, claro, senão ficava caro em lentes mas assim tão pertinho do chão e das areias é só conjuntivites até dar com um pau... ou com o que quiserem que é à escolha do freguês), a falar esperanto e mirandês, de cabelo loiro e de madeixas vermelhas e é ver-me a esboçar um bom dia num qualquer dialecto (ou em inglês, que dizem que é universal, ou então esforço-me e aprendo língua gestual). Se contigo é amigos amigos, amigas à parte, tudo bem. Deixa no cantinho do prato, que sempre é melhor que deitar fora. Já a minha mãe dizia que é pecado deitar comida fora sem dar um beijinho antes.
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Mas pronto, Paulo. Devias estar no meio. Rui, tu e eu. Por esta ordem. E para disfarçar o riso parvo e o ar embasbacado lá me saiu "Naaaa. O Paulo é virgem nestas coisas!". "Ó Paulinho, és tenrinho!", diz o Rui. Hein again? Tenrinho, paulinho, inho, inho, inho, tenrinho, tenrinho! TENRINHO!!! Sim, tenrinho! Aiiiiii... Que fiz eu para merecer isto?
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A boa notícia é que o Pikachu não se tinha ainda pronunciado. Isso, fica aí caladinho que é melhor. Afinal a percepção dos indivíduos é subjectiva e podias ser mal interpretado. Caladinho caladinho que não tarda nada fazemos o teste, vamos embora e até sexta esquecemos esta conversa e volta tudo ao (a)normal. "Agora percebo. Estava a ver o prisma ao contrário!". Paulo, ou melhor, Pichu (é que depois desta tirada pokeinvoluiste aos meus olhos), o prisma ao contrário? Really? O contrário de alguma coisa pode muito bem ser a parte de trás. E a parte de trás pode ser a tal da sigla do cartão único. E depois destas coincidências(?) todas e mal-entendidos (?) isso não soa assim para o fantástico. Aiiiiiiiiii mais uma vez. O que hei-de fazer com estes dois?
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Caty, Paulo, Rui... Vocês são grandes! Ou pelo menos dão assim alguma coisa que escrever! E não preciso espremer muito!
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*Rui aka Nemobil.
Mistura andrógena do Nemo com um Playmobil.
Nemo graças a uma camisola que trouxeste um certo dia.
Playmobil porque não te interessa.
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maria.

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A Maria vai ali e já volta... Mas não vai num pé nem volta noutro. Little ant steps.
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sabe a nada...

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É triste mas quando bate aquela vontade de comer qualquer coisa assim boa até NADA* serve. E não é que nada sabe bem para caramba?
Ok, ok, eu explico.
01h da manhã... O mesmo de sempre (e de há muitos sempres atrás) na televisão. Heroes no dvd mas preguiça de pegar no comando. Pouca vontade de vir para o pc. Todos (ou quase todos) a dormir porque amanhã trabalham ou têm exames ou preparativos para o S. João. Baaaaaahhhh...
Ora toca a pensar em algo criativo, que me satisfaça e que me tire deste marasmo. Hmmm... Gelatti!!! Só eu para ter estas ideias brilhantes. Tão brilhantes que até ofuscam.
Roupinha, vou mesmo de óculos (que a preguiça continua a ser demasiada para colocar as lentes de novo), carro e viagem de 30 segundos até às bombas aqui da rua. Sim, eu sei que podia ir a pé. É perto e não gastava e poupava o ambiente e tudoetudoetudo. Mas dava aquele ar de rapariga-triste-e-frustrada-que-na-falta-de-melhor-se-vira-para-os-gelados. E desenganem-se porque não é naaaaaaaaaaaaaaaaaaadaaaa disso. Tenho bem melhor (ahhh bigo pêto, não fala lixo!) mas não tá disponível de momento e não posso deixar mensagem após o sinal.
Estacionar longe daquele grupinho de gajos (desculpem... de meninos) que passam as primeiras horas de todas as noites à porta das lojas das bombas a beber minis. Entrar (vês Ricardo? ainda dava para entrar! tu tiveste de pedir pela janela porque deves ter mau aspecto!), mais um bando à beira da caixa, procurar gelados... Pouca escolha... Gelados de cartaz não! Too small para a minha gula. Haagen-Dazs? Lá terá de ser. Hmmm... Morango? Nop. Cappucino e caramelo? Boa. "Ó não-sei-quem, regista-me aí o gelado da menina.". A menina sou eu, entenda-se. A única menina lá dentro. E se tanto homem junto, num espaço pequeno, a conversar e a dar palmadinhas nas costas uns dos outros já é assim um bocadinho para o suspeito, ouvi-los imitar alguém de voz fininha só vem ajudar à festa. "É assim a dar pro gay!" diz o caixa. "Pode rir-se à vontade que eu não levo a mal.". "Estava a tentar ser discreta mas parece que não resultou!". E lá paguei. E de mãos dadas com o "Boa noite! Volte sempre!" recebi um piscar de olhos (de olho porque foi só o direito... Epah e eu que só consigo piscar o esquerdo!). E depois era ouvir os piropos (eufemismo generoso) dos senhores rapazes que (ainda!) estavam à porta. Está bonita, está! Vou começar a andar de óculos, ainda mais despenteada que o habitual e com o primeiro trapinho que me aparecer à frente. É que parece que isso me dá ainda mais charme! Ou as minis já faziam efeito :)
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*De gelado na mão (não fosse ele derreter, e toda a gente sabe que gelado
é para ser comido gelado e não derretido), googlei Haagen-Dazs
e apesar da sonoridade não significa niente.
É apenas um nome inventado para soar a algo estrangeiro pois
achavam que venderia melhor.
Espertos estes meninos! Não bebiam minis, de certeza!
Ou bebiam e a ideia surgiu-lhes à porta de uma bomba.
Por isso já sabem, nem tudo o que é
bonito tem conteúdo ou significado.
É ver essas gajas boazudas and all dressed up sem ponta
por onde lhes pegar (sem contar com as orelhas e
outras coisas que não são chamadas para este blog).
Claro que há excepções: Eu, eu, eu e meia dúzia de
Gajas (atenção que com G maiúsculo e não simples gajas) que eu cá conheço.
E não venham já com a história "Eiiiii, lá está ela!"
porque desta vez é mesmo photoshop!!
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segunda-feira, 22 de junho de 2009

maria.

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Chegara o dia em que Maria se sentira sobrevivente por um triz.
"Antes de atravessar não te esqueças de olhar para a direita e para a esquerda. E escuta! Não te esqueças!" Sabia que um sentido mais profundo se escondia por detrás daquelas palavras incessantemente repetidas. "Cala-te!" e cerrava os olhos para espremer os pensamentos que a desconcentravam com aquele burburinho. "Agora não!". Abriu os olhos, olhou, primeiro para a direita, depois para a esquerda. Nada. "Não te esqueças de escutar!". Nada. Maria estava sozinha. Um convite para uma festa que não existia. Era assim que se sentia... dependente do ruído dos outros.
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sábado, 20 de junho de 2009

to weeeeeeeeeeeee...

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...or not to weeeeeeeeeeeeeeee?
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Not... Definitely.
Há quem trabalhe aos sábados...
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Life is a bitch!
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sexta-feira, 19 de junho de 2009

posso mudar...?

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...e falar como um engenheiro? Assinar uma carrada de folhas. Tirar um monte de cópias. Ir para angola e ganhar muito dinheiro. Ter um carro da empresa e net da empresa e tlm da empresa e um cartãozinho mágico que se mete nas bombas e atesta o depósito... da empresa, claro. Falar em betão e vigas e válvulas de 5 em 5 minutos. Ter jantares de engenheiros. Falar mal das empresas subcontratadas. Enviar e-mails de cada vez que pestanejo. Dizer lajes em vez de placa e argamassa em vez de betão. Usar um capacete sexy amarelo. Dar ordens a uma catrefada de homens. Olhar para tudo e pensar na forma como foi feito. Ser tratada por "sô inginheira". Tirar a camisola quando está muito calor. Sim, porque não são só os outros que fazem isso.

O que eu dava para poder tirar a camisola quando o calor aperta.

E por isso quando for grande quero ser inginheira.
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grav(idade).

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A noite passada tive de me agarrar ao ar para não cair da terra.
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terça-feira, 16 de junho de 2009

ou sim...

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...ou sopas!!
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Não torno a ser nem a primeira nem a última mensagem do dia.
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bitxeza.

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Eu: Está uma melga aqui no quarto! Vai matá-la!
Ela: Oh! Vou mesmo sair da cama e perder o sono por causa de um bicho que eu sei que não está aqui. Tu é que implicas.
Eu: Está, está! Não ouves? Olha agora! zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz... Ouves?
Ela: Deixa-me mas é dormir!
Eu: Dizes isso porque sabes que ela não te vai fazer nada e porque ressonas tão alto que o barulho dela a passar pertinho dos teus ouvidos nem te incomoda! E eu tenho o sangue mais doce, por isso é que ela me vai picar!!
Ela: Quem te garante que a melga não é diabética? Assim não te pica!
Eu: Ou se picar pode ser que morra com hiperglicemia.
Ela: É. Ou isso...
Eu: Cala-te mas é que quero dormir!
Ela: (silêncio)
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Para que servem os amigos, não é? (Descansem que consegui apanhar o bitxo e dei-lhe com a vassoura até parar de espernear. E depois disso ainda lhe dei umas quantas vezes não fosse ele estar a fingir-se de morto.)
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domingo, 14 de junho de 2009

não é minha não senhor.




A culpa não é minha! Não é não! Mas acordei com vontade de ser gigante e de ouvir a Kalemba dos BSS. Wegue! Wegue wegue wegue! Wegue! Se soubesse dançar isto então era a loucura. O meu subconsciente diz-me que tudo tem uma explicação e que, se calhar, o facto da vizinha da frente que-tem-o-botão-do-volume-avariado-e-que-chega-ao-fim-de-semana-afónica-e-por-isso-dá-descanso- às-cordinhas-(inhas mas de aço!)-vocais-e-se-vinga-para-o-rádio-e-para-a-93.3fm-porque-a-sua-vida-sem-decibéis-não-faz-sentido-e-podes-tirar-lhe-a-casa-o-carro-e-o-filho-mas-não-lhe-tires-a-música-pimba me ter acordado com um "Você é tudo para mim!" abrasileirado acompanhado a capela por ela não ajudou muito.

Não sei se o problema é meu… mas quando estou cheia de sono e aos fins de semana não vejo a hora de aparecer uma tempestadezita ou uns trovões que calem uns quantos rádios e televisões. Resumindo, não vejo a hora de alturas mais calmas… quando finalmente chegam alturas mais calmas é quando me sinto mais sozinha, mais perdida e com uma sensação de “tenho tanta coisa que podia fazer, mas não faço nada”. E aí sou eu que faço barulho mas com estilo.

Façam barulhooooooooooooooooooooooooooooooooo!

Porquê?
Acham que o dr. phill me pode ajudar? Ou se calhar a oprah? Não não!! Talvez a julinha... Ligava para as tardes da jília... Sempre matava o tempo!!! Pensando bem... o senhor goucha talvez seja melhor solução... ou o jorge gabriel ou a fátima lopes. Falta alguém??? Humm acho que não. Alto! Merche! Aquela perna tatuada que ao longe dá ares de quem se esqueceu de esfregar bem no banho é a escolha certeira. O que uma pessoa com tempo faz. Deprimente! Arranjem uma ocupação.

és pouco amarantina, és.

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É triste mas é verdade. Cá estou eu a ver um tal de "Quando o telefone toca" (tive de procurar o nome na tv!) com uma tal de Ó Vanessa (vamos nessa?) Palma (encosta-te a mim... deves encostar pouco, deves!). Não estava a prestar atenção até que a Raquel liga e diz que é de Amarante. Amarante!!! Ouviram bem, sim senhor! Amarante, essa bela localidade! O tema é ferramentas de bricolage (trabalhos manuais, portanto) e o nome do joguinho é nada mais nada menos que a cobrinha (segundo a menina loira que mexia os bracinhos e mostrava os dentinhos quando o Herman José a apalpava volta e meia na Roda da Sorte). "Então Raquel, qual vai ser o seu tiro certeiro?" (trabalhos manuais, cobrinha, tiro certeiro, amarante... hmmmm) "Pincel" mas com pronúncia tipo pincele como que a deitar a língua de fora ao terminar a palavra: le le le. Tanta coisa mas tanta coisa e a boca foge-lhe logo para o pincel, qual cobra a serpentear ora para um lado ora para o outro. E depois de tanta vontade e esforço não há pincel nem pincele que lhe valha. "Não temos pincel, Raquel. A cobra não mexeu! Mas vai tentando." Vai vai. Desistir é que não. Mas não era óbvio que ali a Vanessa não tinha disso? Afinal não és muito dada (se calhar até és que eu não sei da tua vida) a coisas feitas com a mão. És mais de orais, talvez. Trabalhos, não sejam assim. Digo eu... Ou se calhar não... E este post não é nada porco. A malícia está em quem lê e eu não o vou reler. Até escolhi uma imagem séria e tudo. Mas também não consigo fazer milagres.
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adenda.

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A pedido de muitas famílias venho aqui elucidar que a je e o seu namorado são uns pães... integrais de oito cereais que é assim para o saudável e apetitoso. A je é apetitosa e o namorado da je é nhamy. A je quando tem fome come sempre pão e não engorda. O namorado da je idem aspas. Eu estou a ficar com fome. Até comia um pãozinho...
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coisa feia a inveja.

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A je já foi mais estudante do que é hoje. A je já andou na faculdade. A je já andou muitos anos por aqui e por ali a tirar o pó aos livros (a alguns porque alguns eram calhamaços pesados). A je já teve a mania que um dia iria ser doutora e famosa. Ela sai. Tem uma vida (social?). Tem amigos bons e maus. E também um blog. Recente. Fresquinho. Até tem dois mas um é assim para o coiso e ela não revela. Ela não é lá muito estável nem constante. Ora está contente, ora está de trombas. Ideias certas não são com ela. "Doutora das ideias tortas", como dizem os amigos, mas é uma jóia de pessoa (sem pronúncia à guna). É complicada quando as circunstâncias assim o exigem mas também bastante simples quando as situações a deixam ser. Nem sempre escolhe da melhor forma. Gosta de dormir (muito) mas de manhã. Sofre de insónias e por isso mesmo gosta de se deitar tarde para não desarrumar muito a cama. É complexamente interessante. Quando andava na escolinha comia primeiro o arroz todo e guardava os rissóis para o fim na beira do prato, para sentir o gostinho de saborear o melhor no fim quando já todos os tinham comido. A je gosta muito de puré e desses salgadinhos, grandes e pequenos. Sempre teve mais amigos que amigas mas a culpa era delas e não da je. Nunca andou à porrada. Tinha quem andasse por ela. A je sempre foi boa aluna e os colegas nunca gostaram menos dela por causa disso. A je nunca foi uma nerd. É pessoa para pensar que um dia virá a ser famosa. Gosta de andar depressa e correr tem dias. É preciso muita vontade e aquela série na tv e aquele milka bolacha falam mais alto. Tem um super-mega-hiper-ri-carro que anda por ela quando tem de ser. Afinal é para isso que ela lhe paga copos dos caros. A je come chocolates como quem bebe água mas sabe que não deve. A je já não sevira para os mini-isto e aquilo porque o peso na consciência é o mesmo e desde que se fique por aí mesmo... A je não gosta de kit-kat porque não gosta daqueles momentos de pausa. Demais a mais a bolacha waffer fica nos dentes e depois é chato para tirar. A je fica com aftas na ponta da língua sempre que come kit-kat. Em vez de ir logo com fio dentário prefere exercitar a língua para tirar cada bocadinho de bolacha. A je diz fio dentário e não fio dental. Mas a je prefere usar fita em vez de fio. Não se desfaz. Ela não usa fio dental nem dentário. Gosta bastante de chá e de sumos naturais. Sem nenhum pacotinho de açúcar, mas mesmo assim mexendo sempre com a colherinha só para dar estilo ou mesmo por vício. Devem ser para aí umas quantas vezes sempre a bater com a colher na chávena para fazer barulho. A je tem um namorado todo fashion. Ela diz que ele é todo bom. A je fazia-lo. Eu também se fosse a je. A je namora com um pão. A je é um pão também. É ver a je e o namorado a largar migalhas pelo caminho. A je e o je dela tinham futuro no ramo da panificação. Eu gostava de ser como a je. E de ter um namorado como a je. A je é awesome!
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i want a white fence.

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Eu sou simples e gosto de coisas simples.
Eu gostava de ter uma vida simples, do género "Heidi nas montanhas" mas sem a Heidi, sem o amigo da Heidi e sem ser nas montanhas. Eu gostava de não ter preocupações de maior, de não ter responsabilidades, de não sentir medo. Gostava de conseguir sentar-me no chão sem primeiro olhar para ver onde andam as formigas. Gostava de conseguir olhar para o sol sem acessórios a distorcer a imagem. Gostava de ter pouco e ser feliz assim. Minto, gostava de ter muito mas se não conseguir gostava de não me incomodar com isso e achar que esse pouco afinal já era muito. Ter uma casa pequena mas minha e achá-la grande, tal como me acho também. Não gostava de ter um empréstimo. A Heidi não tinha. Um jardim grande com uma vedação branca de madeira, coberto de relva bem verde que não fosse preciso trocar nem regar e que mantivesse a cor sem corantes nem conservantes. Eu gostava de ter um relvado azul mas ainda não vi nenhum. Era uma coisa bonita de se inventar. Com cheirinho a cerejas e a limão às segundas, a bacalhau com natas às terças, a mousse de goiaba às quartas, a gomos de laranja às quintas, a sumo de kiwi com três pedras de gelo às sextas, à comidinha do namorado aos sábados e a arroz de forno da mãe aos domingos.
De cada vez que abrisse a janela sentir-me-ia feliz e satisfeita, sem apetite (pelo menos de comida) e com tempo para tudo o resto.
Eu gostava de não ter de obedecer e seguir um código de conduta, de não ter de trocar de roupa para ir trabalhar, de poder andar de havaianas no emprego e de tratar toda a gente que me parece simpática por tu sem me preocupar com a idade.
Eu gostava de não me preocupar com o futuro, com o dinheiro que não tenho no banco, com as contas que o carteiro coloca (por engano, queria eu!) todos os meses na caixa de correio. Eu gostava de viver...
Eu gostava de ter um canteiro para aderir à moda freak da agricultura biológica (grande novidade...) e cultivar salsa, tomates cherry, oregãos, cenouras baby e tudo o que fosse pequenino. Também me podia cultivar no canteiro mas não quero partilhar o meu namorado com mais nenhum eu. Eu gostava de voltar a ter coelhos e nunca os comer por ter pena e os achar demasiado bonitos para isso e deixá-los crescer, crescer e envelhecer até morrerem de velhice. E depois teria um lugarzinho no jardim só para eles quando isso acontecesse. E uma oração também...
A casa seria de um lado virada para o mar e do outro para o campo. Em cima teria a cidade, a agitação e por baixo o conforto da aldeia e dos bons dias familiares (assim a dar mais ares de filme para o caso de querer vender ).

E assim tinha uma vida feliz, sossegada e feliz. Ah já me ia esquecendo... e feliz! E podia ter também um carro que andasse a energia solar ou a água. Mas tinha de ser água não potável, como a do banho ou isso. Afinal já ia poupar na relva.
E seria feliz de galochas! Querem melhor?
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And last but not least...
Não podia faltar O homem de quem gostava um bocadinho assim para o grande. Digamos que um bocadão. Vá lá que eu sou a dar para o mimosa e boazinha e até gosto muito muito muito d= homem que vai morar comigo na minha casa com vedação branca. E ia ter muitos cães e gatos... mas daqueles auto-suficientes e muito à frente que até trabalham e no fim do mês deixam um cheque no frigorífico (com um daqueles ímanes todos giros).


E sempre sem esquecer as minhas galochas todas fashion.
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sábado, 13 de junho de 2009

mens sana...

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...in corpore sano.
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Insiste insiste e pode ser que consigas.
A minha irmã cedeu e vamos dar uma voltinha a pé. O objectivo é que não é muito nobre: vamos comprar bolos à padaria. Não se pode ter tudo mas fica a intenção.
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i was difficult to see...





...but you picked me...
The two of us a perfect fit
You're all mine, all mine.
And all I can say
Is you blow me away.

eu.

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serei das árvores. da erva. dos pássaros. das flores. dos sorrisos. dos mares. dos risos. do choro. dos assobios. do azul. do doce. das ondas. dos passeios. do vento. dos reflexos. do brilho. das nuvens. dos suspiros. da respiração. das velas. dos elogios. da pele. da calçada. da água. dos porquês. dos biquinis. dos significados. do sol. da areia. dos filmes. dos amigos. dos pés. do gelo. das amigas. dos irmãos. do toque. das irmãs. dos abraços. da força. dos olhares. da água. das férias. das paisagens. da calma. dos mimos. dos grandes. dos olhos verdes. dos pequenos. das pedras. da espuma. da saudade. do perfume. do sexo e do amor. dos domingos. das cantigas. das estrelas. dos antónimos. das saídas. do sono. das festas. da chuva. de tudo. de nada.
serei de mim. serei de ti. serei de tu como nós sabemos. serei dela e dele. serei deles. serei da dianinha. serei dos banhos gelados. serei dos gomos de laranja. serei das caretas quando se come limão. serei assim e não serei de forma alguma. serei eu. serei tu. serei minha. serei tua. serei tudo e mais alguma coisa. serei nada. serei do amor. serei da amizade. serei de uma varinha de condão. serei dos astros. serei da imagem. serei do branco e do dourado. serei feliz. e no fim de tudo não sou nada.
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Se me deres tudo sou tua.
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desiludo-me comigo.

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soluções práticas.

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Ela - Estou cansada. Este calor dá-me uma moleza!
Eu - Toma um café.
Ela - Não me faz nadinha.
Eu - Toma um chá preto gelado.
Ela - Também não me faz nada.
Eu - Então, compra um cão. Pelo menos vai-te buscar o jornal. Já é alguma coisa, não?
Ela - Não vai resultar. Se não vier treinado não me vai fazer nadinha também.
Eu - Olha, então arranja um namorado!
Ela - Já vem treinado?
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o dia de ontem (take 3).

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Só para que conste, este post já foi escrito 2x mas o meu amigo kanguru está-se a habilitar a levar duas chapadas e a ser repatriado para as austrálias. Ora dá, ora não dá. Ora pisca, ora se apaga.
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A tarde de ontem foi emprestada. Troca de agendas, mudança de planos e rumo à terrinha.
Teria sido apenas mais uma tarde de trabalho se não fosse o calor inesperado que se fez sentir, a noite mal dormida e a imensidão de pensamentos a correr a maratona na minha pista de massa cinzenta. Um carro sem ar condicionado e uma viagem de 45minutos com os vidros fechados (para conseguir ouvir música e para o carro se manter estável) só vieram ajudar à festa!
"Não há muitas marcações por isso é para sair cedo." Não era isto que me chateava. Quantos mais melhor. O que eu não esperava era atender a Ignorância e a Estupidez personificadas num senhor já com os seus 80 e com sotaque brasileiro. Mas o que fiz eu para merecer isto? Tenho a certeza que não atropelei nenhum animal durante a viagem. Pelo contrário, vi um já sem vida e quase bati para me desviar. Só não parei para o tirar dali porque os senhores da Brisa não iam achar muita piada! E a traseira do meu carro também não. E as minhas perninhas também não!
"Eu sô poeta! Eu istudei muito! Eu sô muito inteligentxi! Eu pago 5000euros para tomarem conta di mim!" (Ora, inteligente??? Naaaaaa.) "As pessoas só mi querem por causa do meu dinheiro!" (Mais uma vez: Inteligente??) "Eu sou um poeta e falo a rimá e bla bla bla e vira o disco e toca o mesmo." (Agora todos juntos: Inteligente????) E isto tudo ainda na sala de espera. O pior, o que realmente me incomodou vem já de seguida.
"Boa tarde. Pode-se sentar!"
"O seu patrão não istá? É a minina qui mi vai atendê? Não sei si quero."
"Boa tarde para si também. Deveria ser a primeira coisa. Segundo, eu não tenho patrão. Eu presto serviços, o que é muito diferente. Mas uma pessoa inteligente como o senhor deve saber a diferença. E terceiro, pode tratar-me por menina mas antecedido por doutora. Doutora menina agrada-me mais. Ou menina doutora. Como preferir." (sou tão mas tão simpática!)
"Mas a minina ainda não é formada. É enfermeira? Nem siqué devi sabê o qui mi vai fazê."
"Não, não sou formada. Estou aqui a praticar para quando acabar o curso de enfermagem que não tem nada a ver com dentes mas hoje apeteceu-me. E se o senhor abrir a boca talvez lhe saiba dizer o que temos de fazer."
"Mas o seu patrão não está? Não sei si quero qui a minina mi tratxi."
(para além do sotaque irritante de brasileiro que já está cá há mais de um século, faz orelhas moucas e é burro)
"Só estou cá eu. Não está nenhum colega. Mas se não quiser esteja à vontade. Muito gosto em vê-lo. Boa tarde!" (tiro as luvas, a máscara, levanto-me e vou para o outro gabinete)
"Mas eu tenho doris e bla bla bla bla... Minina! Minina! Eu vô confiá!"
"É-me indiferente se confia ou não. Só preciso que abra a boca e ponto final! E vamos restringir a conversa ao necessário. Aqui eu sou a médica, eu decido o que é melhor para o paciente e se o senhor concordar avança-se com o tratamento. Não preciso de justificações nem de saber quanto dinheiro, formação e cultura o senhor tem. O senhor está com dores, eu não. O senhor precisa de mim mas eu não preciso do senhor. A hierarquia está bem patente nesta situação. Tenho mais pessoas lá fora à espera de serem atendidas e já perdi mais tempo do que devia com esta conversa. Tenho pena que não me respeite e que ache que os jovens representam a ignorância mas este infeliz episódio reflecte exactamente o oposto. A partir do momento em que ultrapassam a fronteira do simples comentário ou crítica e passam ao insulto não é só a mim que ofendem mas aos meus pais que investiram o que tinham e o que não tinham na minha formação. E isso eu não admito! Pode abrir a boca agora!"
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E pronto, foi mais ou menos assim. Não me desviei muito dos factos reais. Pela primeira vez tiraram-me do sério e tive de responder à letra. Não admito insultos descabidos no meu local de trabalho. Querem querem, não querem, temos pena!
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"Goxtei bastantxi. Agora é a minina qui vai terminá o trabalho?"
"Não. O senhor tem consulta marcada para outro colega. Bom fim de semana."
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E não é que sai do consultório e marca consulta para mim? Aaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiii! O que fiz eu para merecer isto???
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aperta-me...

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...com mais força.
Com toda a força de todos os abraços do nosso mundo.
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ó tu que mandas...

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...para quê ligar todos os aquecedores ao mesmo tempo?

É que já não se pode com este calor que ora vai ora vem. Quer dizer, ainda ando com o guarda-chuva no banco de trás do carro e com um casaco de inverno e agora só apetece andar nua com um saco sem fundo de pedras de gelo para refrescar? E roupinha para este tempo? Hein?
Não sejas assim intolerante e deixa-te de caprichos de menino mimado que bate o pé e faz birra só porque não lhe deram o bonequinho da playmobil que viu na toys 'r us. Ou vamos ter de nos chatear? Parece até que dava jeito a uma senhora menina que se lembrou de ir hoje para a praia e que ainda há pouco me perguntou se tomar dois nimed ajudava a aliviar a dor do escaldão! :) É que enquanto uns trabalham e se esforçam para não ir às trombas de certos e determinados senhores* que acham que só porque somos novos somos burros, outros vão laurear a pevide e queimar os pezinhos na areia a escaldar. Inveja? Naaaaaa. Até porque fui convidada. É o calor inesperado que me põe assim. Por isso Caty, se formos para Angola vais ter de aturar! :)
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*Se não me esquecer conto o episódio.
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sexta-feira, 12 de junho de 2009

nós e nós.

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Nó no estômago.
Nó na garganta.
Nó no pensamento.
Nó no coração.
Nó de marinheiro.
Nó no sentimento.
Nó de gravata.
Nó na saudade.
Nós fáceis de dar.
Nós difíceis de desfazer.
Saudade de nós.
Nós os dois.
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eu aos bocados #5.

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Sou feita de letras. Tenho o sabor de viagens. Sinto em mim o cheiro de destinos.
Gosto de escrever cartas, daquelas à antiga com selo, papel perfumado e histórias de amor correspondidas. Com suspiros, nervosismo e "será que vai dizer sim?". Gosto da espera, da incerteza e do sorriso. Gosto do som do papel a rasgar e de descobrir um sonho dentro de cada envelope. Às vezes mais que um... Uma vida de sonhos.
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não gosto de ti hoje.*

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Cansei-me de dizer que para a semana vou para a praia, que é amanhã que vai estar um sol daqueles que só se aguenta perto de água, que esta semana é que vai ser porque temos dois feriados seguidos... Acabam-se as "férias" e acaba-se a chuva, o vento, o frio. E agora que a vidinha regressa à normalidade (ou perto do que era) é que o que devia ter vindo há uns dias atrás se lembra de bater à porta e de entrar como se estivesse em casa! Não acho bem. Nunca gostei de visitas inesperadas, inoportunas. E para a próxima não te abro a porta. Podes tocar à vontade, gritar, espernear, dar pontapés... Quero lá saber! É por tua causa que durmo mal. É por tua causa que não tenho vontade de ir trabalhar. É por tua causa que nem consigo olhar de frente para as pessoas. É por tua causa este mau humor. É por tua causa as viagens no meu carro de vidro aberto sem conseguir uma única música! É por tua causa que a vontade ficou no sofá enquanto tomava banho. É por tua causa que tenho de mudar de roupa durante o dia. É por tua causa que há pessoas de férias e eu não. É por tua causa que hoje ando irritada e que vou ter de fazer um esforço sobre-humano para ser simpática com toda a gente. É por tua causa que me acham enjoadinha e nojentinha e tudoetudoetudo. Por isso hoje dispensava-te de bom grado. Porque hoje o amarelo não é a minha cor. Só a tua!
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*És um enorme, ó sol.
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eu aos bocados #4.

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Gostava de chegar ao carro e ter um pneu furado só para não ir trabalhar e poder ir para a praia ou então ficar em qualquer outro sítio ocupada a fazer nada.
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é tempo de...

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"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas... Que já têm a forma do nosso corpo... E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares... É o tempo da travessia ... E se não ousarmos fazê-la... Teremos ficado... para sempre... À margem de nós mesmos..."

Fernando Pessoa
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apeteces-me...

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Apetece-me o teu SORRISO que até faz doer.
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seriously.

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Não estivesse o meu bigo noutro continente e era isto que estaria a fazer.
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dás-me vontades.

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Sinto-me imensa e sem final.
Guardo em mim tudo o que vejo, sinto, provo e odeio.
Sem princípio, meio ou partes, desfaço-me em imagens utópicas e tão reais.
Deito-me e cubro-me de sonhos e ideais.
Fecho os olhos quando o meu corpo fica dormente de fantasias.
E aí a minha alma dorme...
Mas só às vezes...
O sentido de alerta cresce devagar mas constante.
Sou como uma rua fechada aos carros, sei lá.
Uma noite enfeitada com luzes e cor.
Começada vezes sem conta para nunca acabar.
Uma noite de amor sem impedimentos.
Tocas-me.
Sinto.
Sinto-te.
Os meus poros reconhecem a textura do teu prazer.
Como te quero sentir...
Se chegares e eu estiver a dormir, acorda-me...
Quero-te provar...
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Quando voltas?
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eu aos bocados #3.

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hoje fiquei...

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...assim...
...sem palavras.
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E que outra forma poderá ser melhor?
Não sentir...
Sentir tudo de uma vez e esgotar a pele e as terminações nervosas...
Saturar a alma de sentidos...
Sentir por partes...
Sentir com a polpa dos dedos, com a ponta da língua...
Envolver cada papila gustativa, uma a uma...
E depois exercitar o não sentir,
O sentimento de quem não quer,
Que na verdade é o de não o ter.
Paixão...
Apanhou-me susceptível.
Indefesa...
Frágil e com os cacos colados à pressa...
E senti completamente.
Senti tudo.
Um dilúvio de sonhos, ideias, afectos.
E penso vagamente
Como os teus olhos um dia me obrigaram a aprender.
Troquei o mais ou menos por um às vezes
Troquei o talvez por mãos dadas.
O momento é agora.
Amanhã será agora
E ontem também.
Mas vou repetir com os olhos fechados.
Sentir mais uma vez.
"Ensinaste-me a sentir e agora sinto mais do que penso."
"Tenho o prazer dos olhos fechados."
A sensação que dilata o olhar e então eu fecho os olhos.
Fecho muitas vezes.
Durante dias, semanas, músicas, frases, pessoas.
Fecho de novo e o tempo deixa de o ser e transforma-se em lugares de estacionamento de histórias que posso mudar e viver.
Basta fechar os olhos.
Os olhos fechados não são apenas olhos fechados.
Dão-me muito prazer.
Como se de cada vez que fecho os olhos as tuas mãos me tocassem.
E tudo fica bem.
E sinto mais uma vez.
Fecho os olhos...
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"Sentir tudo de todas as maneiras,
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade em todos os momentos,
Num só momento difuso, profuso, completo e longínquo."
Álvaro de Campos
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