segunda-feira, 22 de junho de 2009

maria.

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Chegara o dia em que Maria se sentira sobrevivente por um triz.
"Antes de atravessar não te esqueças de olhar para a direita e para a esquerda. E escuta! Não te esqueças!" Sabia que um sentido mais profundo se escondia por detrás daquelas palavras incessantemente repetidas. "Cala-te!" e cerrava os olhos para espremer os pensamentos que a desconcentravam com aquele burburinho. "Agora não!". Abriu os olhos, olhou, primeiro para a direita, depois para a esquerda. Nada. "Não te esqueças de escutar!". Nada. Maria estava sozinha. Um convite para uma festa que não existia. Era assim que se sentia... dependente do ruído dos outros.
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