quinta-feira, 11 de junho de 2009

em pezinhos de lã.

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E chega o dia que teimo em adiar, em ir empurrando com a ponta dos pés um bocadinho mais e mais... E não sei fazer de outra forma. Não sei sentir de outro corpo. Olho-me e não reconheço o adulto que vêem quando passo na rua. Não vejo o-futuro-que-já-chegou-e-agora-é-presente-e-também-passado mas vejo uma criança, uma eterna criança dentro de um corpo adulto à força por forma de códigos e morais. Palpo uma criança que não quer crescer no bilhete de identidade nem nas mesas de voto. Quando quiser crescer e ver no reflexo uma mulher não será tarde. Nunca será tarde demais... nem de menos. Porque haverá sempre uma divisão cá dentro para guardar o recreio e as férias grandes e a roupa suja das brincadeiras. Porque se calhar os joelhos esmurrados serão sempre joelhos esmurrados.
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