terça-feira, 21 de abril de 2009

eu ainda sou do tempo... (1.1)


... em que o meu gelado preferido custava 20$ (10 cêntimos para não confundir as pobres criaturas pós-euro).

E não, não me lembro do preço do arroz e das batatas mas podia muito bem ter entrado nesse anúncio.

É verdade que não pedia muito e ia sempre para aqueles de gelo mais baratinhos mas que me sabiam pela vida.


E que volta e meia (não chegava a volta inteira) acordava a meio da noite com a mão agarrada à cara por causa dos dentes.


E que perdia tempos infinitos à espera que a minha mãe ficasse de costas o tempo suficiente para eu conseguir abrir a arca dos gelados e encontrar "aquele" gelado que me apetecia "naquele" momento. Antes presa por ter cão...


E que certamente é por isso que a minha cútis (O que é que vocês pensam?) ficou retida na puberdade e ainda fala fininho.


E, ainda hoje, faço de um gelado o meu almoço. Sim, eu sei que faz mal e que não é saudável e que não alimenta nem tem as vitaminas B, D, Z ao quadrado nem a raiz cúbica da X. Também sei que não encontrei a função do quadrado nem a da raiz mas a preguiça impera.


Por isto e por tudo o resto que ficou por dizer - porque não me apetece e porque vocês não têm nada a ver com a minha vida mas que eu vou dizer que é porque estou com pressa porque tenho de ajudar a minha mãe a arrumar a cozinha - faço minhas as palavras daquela grande marca de gelados: "I'm loving it!"


Hein? Não é? Mas tem gelados, não tem? Então serve.

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