domingo, 8 de novembro de 2009

quando aqui não estás.



quando aqui não estás
o que nos rodeou põe-se a morrer

a janela que abre para o mar
continua fechada

só nos sonhos me ergo

abro-a

deixo a frescura e a força da manhã
escorrerem pelos dedos prisioneiros
da tristeza

acordo para a cegante claridade das ondas

um rosto desenvolve-se nítido
além
rasando o sal da imensa ausência
uma voz

quero morrer
com uma overdose de beleza

e num sussurro o corpo apaziguado
perscruta esse coração
esse solitário caçador
Al Berto

1 comentário:

Joana disse...

O Al Berto era aqui da minha zona :p

O poema é lindo :')