quinta-feira, 11 de junho de 2009

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

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Como é bom estar assim sem nada em que pensar...
Já não me recordava de como é bom deitar-me menina e acordar preguiça...
...de como é bom ter absolutamente nada para fazer.
Mas não entendo e não me entendo como arranjo sempre alguma coisa que precisa ser feita (arrumar a roupa espalhada no quarto, limpar o pó que adora a minha casa, ler a última edição da playboy com a malhoa). Não entendo como sou tão perfeita em estragar estes momentos de coisa alguma. Durante toda a manhã fiz companhia à minha cama, uma grande parte da tarde estive apenas deitada no sofá, sem livros nem revistas nem música a sair das colunas escondidas: só a respirar e a pestanejar. Mas nem assim consegui gozar a companhia da minha casa nem a presença dos meus amigos.
Depois de recuperar energias (ficar na cama até doer o corpo recarrega baterias e quando já doer tanto mas tanto que já não se pode é sinal que a barra de vida - quais personagens do mortal combat - está completamente verde), de revisitar alguns vícios e pecados guardadinhos no armário (comer as porcarias que recuso durante a semana), de gozar o bom humor de quem está ao nosso lado (não que seja raro, é apenas inconstante) e sentir-me novamente como uma adolescente, é bom só ser. Mas há sempre alguma coisa a mais... As migalhas no sofá, a loiça para lavar, a base de copos que se esqueceram de colocar... Eu não era assim. É o que dá ter casa... Na dos outros é tão diferente!
Mas ainda é (e será sempre) tempo de ser a menina preguiçosa que come no sofá enquanto vê um bom filme com os pés em cima da mesa.
Como é bom assim acordar!
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