sábado, 14 de novembro de 2009

between ().


- (Vem! Quero ver-te! Quero roubar-te um beijo...)
(Apetece(s)-me. Vem.)
(...)
- (Shhhhhh.)
- Gosto de ti. Muito.
(Desejo-te tanto!)
- Como se nunca houvesse distância entre nós...
- E não! Para sempre! Fiz-te essa promessa.
- Fizeste?
- Não te lembras? Naquela noite.
- As promessas são cumpridas quando nos abandonam as recordações. Promete de novo para me relembrar...
- Todas as vezes que quiseres...
- Esta é uma vez. Quero agora.
- Tomarei sempre conta de ti... Sempre.
(...)
- Dizem-te saudoso. Que deixo marcas.
- E que marcas...
- Visíveis aos olhos dos outros ou apenas dos melancólicos?
- Não sei. (Mas desejo-te como na primeira vez que te vi.)
- Vi-te primeiro...
- (E ainda me desejas?)
- Invade-me uma ternura singular e a inversão de papéis em que me torno a protectora e não a protegida. E sinto-me bem. Percebes ou sou estranha?
- Percebo...
- E as brincadeiras, as conversas, os limites, tudo deixa de arranhar e de saber a mágoa no final porque está tudo bem. (Está tudo bem...)
- (Nunca te magoaria! Nunca!)
- (Os teus lábios na minha testa já me segredaram isso.)
- Durmo...
- Sonha. (Ainda não vás.)
(Para sempre... um pouco muito de ti...)
E o espelho tornou-se reflexo
e a voz ao ouvido que apetece guardar com um laço cobriu-se e dormiu.
Voltas amanhã?


1 comentário:

Margarida disse...

humm, foi tão bom ler isto agora :)