Ele- Enquanto foste comprar isso, eu ia escrever um textinho todo querido e deixá-lo na tua cadeira. Mas foste rápida demais!
Ela -E tinhas caneta?
"...larger than lifesize we become..."
pidesco (pide + -esco)
- Depreciativo. Que tem carácter persecutório.
- Relativo à Polícia Internacional de Defesa de Estado (PIDE).
António Alçada Baptista in A Cor dos Dias, Memórias e Peregrinações
*Definitivamente não sou!
Mas tu não sei, Caty! Tens cara disso...
De mais ninguém.
Cansada de tanta euforia.
Uma festa que me leva do riso ao choro num piscar de olhos.
Nesta festa nada me deixa triste.
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Sim, agora entendo aquela multidão! Uma carinha laroca destas só podia dar nisso! Qual Boy George, qual quê? Toninho é que é! Mas para não dizerem que sou fútil e superficial ouvi umas musiquinhas do shemale e confesso que me senti ofendida com uma em particular (não tanto pela letra mas pelo vídeo). "Epilepsy is dancing"... Uma miúda vê um veado (o animal!!) num beco (coisa normalíssima em plena cidade) e isso despoleta uma crise de epilepsia. Enquanto se contorce no chão, "sonha" ou tem visões em que todos andam nus, pintados com tinta, com máscaras vienenses. Onde os homens são todos efeminados e gostam de se esfregar uns nos outros sob a forma de uma pretensa dança e onde tudo é uma enorme orgia. No final ela acorda, levanta-se sorridente e vai à sua vida. Triste! Muito triste! Já convivi de muito perto com a doença e isto ofende-me e ofende todos os que são minimamente cultos e sabem do que se trata a epilepsia. Pode ser muita coisa mas não o retrato pintado por este senhor(a)(coiso)(a). Não tarda veremos epilépticos a exporem-se às luzes das discotecas e a certos jogos de pc só para poderem ver o mesmo que a miúda viu na suposta crise do vídeo.
Shame on you, Toninho! Em vez de passares tanto tempo ao espelho a pôr base e a esticar o cabelo, pega num livro chamado dicionário e procura por ignorância. Vais ver que encontras lá o teu nome!
E, por favor, não me venham dizer que isto é arte! Ou venham porque até me apetece bater em alguém e não há ninguém disponível!
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Sempre podíamos ter ficado com o bilhete para vender.
** Forma proclítica do não.
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Eu - Olha, acidente na rua de cima agorinha mesmo!
TZ - É grave?
Eu - Não sei.
TZ - Não vais lá?
Eu - Até ia mas agora não me apetece...
TZ - Não vais socorrer as pessoas? És obrigada! É o que o teu juramento diz!
Eu - Quem jura mais mente e eu não fiz juramento nenhum.
TZ - Tu gostas de deixar as preocupadas, não é? Agora nem vou conseguir dormir por causa disso!
Eu - Cala-te!
TZ - Estou a brincar. Quero lá saber se é grave ou não, se precisam que vás socorrê-los ou não, se o seguro paga ou não ou se tem bigode ou usa sabrinas.
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...acabou.
Uma por uma.
Outra e mais outra.
Rebentei todas e soube a pouco.
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Mais uma esquecida...
-----------------------------------...escondida...
---------------------------...assustada...
-------------------------------------------------...perdida.
Sim.
A procura.
Ansiedade.
Inquietação.
Insistência.
Teimosia.
Confusão.
Frio na barriga.
Em cada bolha esmagada...
--------------------------------...um pensamento...
--------------------...um fragmento...
----------------------------------------------...uma memória...
--------------------------------------...um momento.
Tem de haver mais uma.
E mais outra.
E ainda outra.
E quando pareciam todas esgotadas, remoídas, revividas, eis que lá no canto se ouve a última.
Esta, não pelo passado, mas pelo futuro, inesperado, incerto, desejado.
Uma surpresa.
E a certeza de que nada podemos fazer com as bolhas vazias... rasgadas.
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Preciso de mais...
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... mas a maçã à Guilherme Tell também serve! Só não garanto que o penteadinho à Playmobil saia ileso... Melhor ainda, pode ser que o papá te pague umas férias no México! Boa? Mas sem máscara!
Aviso, desde já, que já experimentei disparar com arco e flecha e as minhas tremiam assim um bocadiiiiiiiiiiiiinhooooo!
No big deal!